Integração Saúde da Família e Vigilância em Saúde

A CFOE realizou uma oficina de Dengue com o objetivo de promover, intensificar e qualificar a integração dos AVSs e ACSs no combate a Dengue. Com base neste trabalho a CFOE vai apresentar no Congresso de Saúde Coletiva o texto a seguir:

Titulo da Experiência: Integração Agente Comunitário de Saúde e Agente de Vigilância em Saúde no combate à dengue.

Autores: Camila Alves Varela Galvão, Bárbara Regina de Souza Braga e Ana Paula Fernandes da Conceição.

Instituição dos autores: Clínica da Família Olímpia Esteves

Período de Realização: 1 a 22 de março de 2012

Objeto da Intervenção: Está foi uma iniciativa em resposta à necessidade de intensificar o combate a dengue no território. Tratou-se de um projeto de educação permanente que buscou discutir a temática da dengue com as equipes focando os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de Vigilância em Saúde (AVS).

Objetivos: Geral: Fornecer subsídios para a melhora na qualidade do trabalho dos ACS, além de proporcionar uma maior integração entre ACS e AVS no combate à dengue. Específicos: 1) Apresentar aspectos epidemiológicos da dengue no Brasil, formas de transmissão e ciclo de transmissão; 2) Discutir os aspectos clínicos e tratamento da dengue; 3) Discutir medidas de prevenção e combate à dengue; 4) Discutir as competências do ACS e do AVS no controle da dengue;

Metodologia: Cada objetivo específico foi trabalhado em um encontro, totalizando quatro. A unidade possui oito equipes e a cada mês duas equipes participaram. Todo o processo foi previsto para durar 4 meses. Foi escolhido o formato de oficina, pois se pretendia promover um espaço de troca, diálogo e construção compartilhada do conhecimento. Cada encontro tinha seu objetivo e uma meta como horizonte norteador. Como elementos facilitadores do debate, trabalhou-se com jogos, dinâmicas, teatro, filmes e situações problema. Também se buscou tralhar temas transversais como acolhimento, trabalho em equipe, transdisciplinaridade, vínculo, intersetorialidade e escuta ampliada.

Resultados: A oficina proporcionou maior integração entre os ACS e AVS. Os participantes se surpreenderam com detalhes que ainda não tinham conhecimento, mesmo diante de um tema que julgavam dominar.

Análise Crítica: A presença dos ACS e AVS foi assegurada, mas a dos outros profissionais das equipes foi prejudicada pela intensa demanda provocada pela epidemia de dengue que se iniciava. O processo será retomado.

Conclusões e/ou Recomendações: A oficina cumpriu sua função principal e foi além, mostrando que a ferramenta da educação permanente é fundamental na construção de equipes de saúde acolhedoras. A oficina foi idealizada e coordenada por uma dentista, uma assistente de saúde bucal e pela gerente da unidade. Esta experiência também provocou seus idealizadores provando que a busca pela integralidade do cuidado diz respeito a todos os profissionais da unidade e que não existe separação entre gestão e clínica, quando o gestor assume o apoio matricial como ferramenta da gestão.